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quinta-feira, 17 de abril de 2014

Masoquismo

“Onde estou?” e “como vim parar aqui?” foram as primeiras perguntas que surgiram na mente confusa daquele jovem de aparentemente vinte anos. Era branco, com cabelos negros e olhos castanhos, vestia uma camisa branca e um short cinza, a roupa que normalmente usava para ir à praia.
Ele não conseguia ver nada na escuridão. Entendeu que estava na horizontal e tentou se mexer, mas percebeu que os pulsos e tornozelos estavam acorrentados, parecia que ele estava deitado sobre uma mesa de metal.
Estava tremendo por causa do frio que havia no local, o pânico começou a tomar conta do consciente que só encontrava perguntas sem respostas.
Pensou em gritar por socorro, mas, antes disso, conseguiu ver algum movimento na escuridão. Um arrepio percorreu sua espinha e ele ficou paralisado.
O vulto se aproximou num passo lento, a sombra se tornou uma loira de beleza escultural, vestida apenas com uma lingerie preta.
Ela se debruçou sobre ele e o beijou nos lábios. O seu corpo era quente, tinha um perfume adocicado e difícil de distinguir, quase nauseante. O pânico foi substituído por sentimentos menos desesperadores e mais quentes.
Ela sentou-se na barriga dele.
– O que está acontecendo? – Perguntou o jovem.
Mas ela nada respondeu. Pelo contrário, apenas ficou olhando o garoto. Havia algo de maligno naquele meio sorriso e seus olhos verdes pareciam lhe cortar a alma.
Deve ser parte do show, pensou o menino, isto deve ser apenas uma brincadeira dos meus amigos, o melhor a se fazer é relaxar e curtir...
A mulher rasgou a camisa dele com as unhas vermelhas, ele percebeu pela primeira vez como elas são grandes, mediam cerca de cinco centímetros. Devia dar trabalho cuidar delas, pensou, pois eram resistentes demais para serem postiças.
Ela colocou a mão esquerda na orelha do garoto e começou a acariciá-la. Ele fechou os olhos para tentar abraçar toda aquela ideia do que estava acontecendo. Foi quando ele sentiu as unhas dela cravarem em seu rosto e deslizarem numa tranqüilidade impiedosa.
O jovem pode sentir a ardência no rosto e o sangue escorrendo para a mesa, isto o enfureceu.
– O que está fazendo? Não sou masoquista, sabia?
O sorriso se alargou e o garoto pode ver que os dentes dela pareciam mais afiados do que o normal. Ele estremeceu.
– Afinal, o que está acontecendo? Eu exijo uma explicação!
Com a mesma tranqüilidade de antes, ela cravou as unhas mais fundo no outro lado do rosto do menino e rasgou vagarosamente o canto da boca dele.
– Por que está fazendo isto? O que está acontecendo? – Nenhuma resposta, apenas aquele olhar maligno e um sorriso psicótico.
Colocou as unhas acima do pulso esquerdo do jovem, cravou-as e dilacerou a pele do braço de um lado ao outro em meio aos gritos desesperados de sua vítima. Colocou as unhas acima do pulso direito e realizou o mesmo movimento, mais sangue era despejado daquele corpo desafortunado.
A mulher parecia não ligar para a dor que provocava, continuava sua tortura como se a situação a divertisse.
O garoto tentou olhar em sua volta, mas só viu o seu corpo todo ensanguentado. Continuou a gritar por socorro, pois era a única coisa que podia fazer no momento. Porém, a loira parecia aborrecida com tanta gritaria.
Ela se debruçou novamente sobre ele e deu outro beijo, no meio do ato, ela mordeu a língua dele e a puxou para fora da boca. Houve um segundo de resistência e, com o som de pano sendo rasgado, a língua se desprendeu do corpo.
O jovem deu gritos incompreensíveis enquanto sua torturadora mastigava o pedaço de carne que havia na boca.
Ela engoliu e, parecendo não estar satisfeita, usou o dedo indicador e o polegar da mão esquerda para abrir o olho direito da vítima. Penetrou aos poucos a unha do indicador da outra mão no olho castanho do garoto, girou o dedo até ouvir os estalos dos nervos se partindo atrás do olho e retirou-o com cobiça. Colocou o olho na boca, mastigou e engoliu. Seu sorriso estava cada vez maior.
O total desespero reinava sobre o corpo daquele jovem, mas não importava o quanto se debatia ou o quanto tentava gritar, estava impotente. Com tantas dores, naquele momento ele só deseja morrer.
Talvez aquela monstruosidade tivesse lido seus pensamentos, pois fincou as unhas da mão direita no pescoço do garoto e o destroçou. Agora ele sabia que a morte chegaria depressa, ela mal tirou as unhas do pescoço de jovem e tudo já estava rodando e se despedaçando...

Bang! Ele acorda num susto. Estava suando frio, mas, como pode constatar, inteiro e vivo. Foi apenas um pesadelo.

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