Teclando no Facebook, sozinho, em meu quarto, à noite.
Talvez não tão sozinho, uma companhia indesejada apareceu: um pernilongo.
Ele zumbia em meus ouvidos, estava me chateando, então ele
resolveu pousar no meu braço. Senti a picada, o tapa veio em seguida, mas eu
errei, é incrível a agilidade desses seres tão pequenos.
Tudo ficou quieto por um tempo, talvez ele tivesse ido
embora... Só que não. Pousou no mesmo lugar de antes, estava zombando de mim,
agora era pessoal. Tentei dar mais um tapa: sem sucesso.
Mas, no meio de sua zombaria, baixou a guarda e ficou entre
mim e a tela do computador. Usei as duas mãos para dar uma palmada no ar, olhei
para as minhas mãos: lá estava ele, na mão esquerda, esmagado e despedaçado.
Mas fora necessário, ele estava brincando com alguém mais poderoso. E era
necessário mostrar isso a ele. Talvez ele fosse maior que a minha paciência,
mas o meu egoísmo era maior que ele.
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